Reino Plantae: reino que agrupa plantas. Mas o que é uma planta?
O que define uma planta? Os conceitos necessários para definir um organismo como uma planta são:
Ser multicelular;
Possuir células eucarióticas;
Ser carente de mobilidade;
Possuir células com parede celular celulósica;
Ser fotossintetizante ou autotrófico;
Curiosidade: São conhecidas de 300 000 a 315 000 espécies de plantas, das quais a maioria, de 260 000 a 290 000 espécies, são plantas com flor. Sendo um dos maiores e mais biodiversos grupos de seres vivos na Terra, as plantas verdes fornecem uma parte substancial do oxigênio molecular e são a base trófica da maioria dos ecossistemas, especialmente dos terrestres.
Origem das plantas:
As primeiras formas de vida vegetal surgiram no oceano: as algas. E, assim como outros seres vivos, o vegetal se adaptou às necessidades da vida. O principal motivo para colonização da terra firme é a busca por luz, sais minerais e gás carbônico (somado com a água, formam o conjunto necessário para um organismo fotossintetizante), para isso, foi necessário evoluir estruturas para obter água e evitar a perda da mesma
Após as algas, surgiram os musgos, que apesar de viverem em solo terrestre, necessitam de lugares úmidos e pouco ensolarados para sobreviver. É notável que dependência da água diminuiu, mas não desapareceu.
O próximo passo foi o surgimento de plantas com pequenos canais, responsáveis pelo transporte da água.
Depois, surgiram plantas maiores e mais robustas, com sementes e frutos.
Note: por senso comum, sabemos que precisamos regar todo tipo de planta, até mesmo uma árvore. Por quê? Observe, no cladograma abaixo, que a necessidade de água é compartilhada por todos os filos, já que descendem do mesmo ancestral.
Os dois grandes grupos:
Esse termo refere-se à divisão entre plantas com a presença ou ausência de vasos condutores. Essas plantas são chamadas de, respectivamente, vasculares e avasculares. Observe o cladograma abaixo:
As plantas avasculares são destituídas de vasos condutores de seiva;
As plantas vasculares, conhecidas também como traqueófitas, possuem vasos condutores de seiva. Dentro dessa classificação, ainda existe mais uma divisão: com semente e sem semente.
Briófitas
Descendentes das algas verdes, as briófitas foram as primeiras plantas a chegarem no ambiente terrestre, há cerca de 420 milhões de anos. Na linha evolutiva, elas representam a transição entre as algas verdes clorofíceas e as plantas vasculares. As briófitas mais comuns são os musgos. "Briófitas" vem do grego bryon e significa "musgo"; e phyton, que significa "planta".
Principais características:
- Pequenas e delicadas, a maioria delas não passa nem de 5 cm, muito embora algumas cresçam bastante;
- São avasculares;
- São dependentes da água pois, para o gameta masculino chegar no gameta feminino ele nada, sendo um meio essencial para a reprodução e não extinção desse tipo de planta;
- Fase dominante: gametófito, a porção que está formando os gametas;
- Sua grande maioria só se dá bem em ambientes úmidos e sombreados, porém, alguns podem habitar rochas, inclusive em contato direto com o sol ou em ambientes extremamente frios. Mas atenção! Se mencionado "briófitas", pensa-se lugares úmidos e de preferência sombreados;
- Não possuem raiz, caule ou folha.
Grupos:
1) Bryophyta: musgos
2) Hepatophyta: hepácias
3) Antocerophyta: antóceros
Organização corporal de um musgo:
O talo que é o corpo do musgo;
Esporófito: nessa porção da planta são produzidos os esporos;
Gametófito: células daqui irão produzir gametas;
Rizoide: que não é a raiz, mas tem função semelhante a ela;
Cauloide: que não é um caule mas tem função semelhante a ele;
Filoide: que não é folha mas tem função semelhante a ela;
Cápsula: dentro tem células fazendo meiose e produzindo esporos (n).
Reprodução e ciclo de vida:
Pode ser assexuada, onde não há troca de material genético, e ainda, dentro da assexuada, ser por fragmentação ou por gemulação (quando a própria planta produz propágulos);
Já na reprodução sexuada temos os anterídeos, estrutura masculina e que dentro são formados os gametas (anterozoides);
Além de termos os arquegônios, estrutura feminina que forma os gametas (oosfera). A união do anterozoide com a oosfera forma o zigoto, o embrião e assim por diante.
A maioria dessas espécies é dioica, ou seja, cada indivíduo tem um sexo;
No anterídio esta ocorrendo a formação dos anterozoides, que são gametas flagelados;
No arquegônio é formada uma única oosfera;
As briófitas dependem da água para a reprodução pois o anterozoide, por ser flagelado, precisa nadar em direção a oosfera;
Quando eles se unem, na fecundação, surge um zigoto (diploide - 2n) que começa a se diferenciar até formar o embrião, este, se desenvolve sobre o gametófito feminino (pois o evento ocorre dentro do organismo materno) formando então, o que chamamos de esporófito onde se formam os esporos;
O embrião recebe substancia nutritiva da planta mãe, esse processo é conhecido como matrotrofia;
Na ponta do esporófito existe uma estrutura chamada haste que suporta a cápsula, esta a partir de meiose, origina os esporos (haploides - n);
Quando são liberados e se encontrarem em um ambiente apropriado, eles germinam e formam protonema, uma estrutura inicial, que logo se diferencia para formar o gametófito, esta, origina os gametas que irão se encontrar e fecundar, completando o ciclo.
Importância das briófitas:
Sphagnum: alga muito importante para a agricultura pois fazem uma retenção muito grande de água, usa-se muito em plantações de arroz que precisam estar encharcadas, além de servirem como anticépticos;
As briófitas fazem a conservação de encostas, evitando deslizamentos, protegendo de chuvas e erosões;
São indicadores ambientais, se elas morrerem, indica que está tendo algum desiquilíbrio ambiental na respectiva região;
Cadeia alimentar;
Turfas: musgos e outros vegetais, quando estão em decomposição, retém água e armazenam muito carbono, podendo servir como combustível. Porém, a queima desse combustível acaba liberando dióxido de carbono, um gás efeito estufa capaz de causar algum desequilíbrio no ambiente.
Pteridófitas
É segundo grupo de plantas que surgiu durante a evolução. A palavra "pteridófita" vem do grego pteridon, que significa "feto" e phyton, "planta".
Características gerais:
Primeiro grupo de plantas vasculares;
Não formam sementes;
Dependência de água;
Se encontram em ambientes úmidos e sombreados (não ausência da luz, e sim fora da luz solar direta);
Muitas delas são epífitas (plantas que vivem sobre outras, por exemplo, em árvores);
Fase dominante: esporófito (parte da vida da planta que produz esporos);
São maiores que as briófitas, pois possuem vasos condutores, podendo chegar a 8 metros de altura.
*xilema: carrega seiva bruta (água e sais minerais)
*floema: carrega seiva elaborada (substâncias mais elaboradas como o açúcar gerado pela fotossíntese)
Grupos:
Psolotofita: 15 espécies;
Licofita: 1300 espécies (licopódios e as selagineas) possuem folhas minúsculas;
Esfenofita: 18 espécies (cavalinhas), tem micro folhas que saem de noz;
Pterofita: 1800 espécies (samambaias e as avencas) – grupo exemplo para vestibular.
Organização corporal:
*As plantas possuem alternância de geração, ou seja, em um momento ela se encontra na fase dioica (2n), produzindo esporos, na outra haploide (n) e produz gametas, sabemos que agora, a fase dominante é o esporófito.
Fase esporófito (2n):
Produz esporos por meiose;
Folíolos: fazem parte da folha, que realizam a fotossíntese;
Caule: sustenta a planta;
Raiz: absorve os nutrientes do solo;
Formação dos esporos ocorre no soro;
Folhas jovens, báculo: se desenrolam até se transformarem em folhas adultas.
Gametófitos (Prótalo):
1. Pouco desenvolvido (1 cm) - surgem a partir da germinação dos esporos;
2. Monoicos (região feminina):
Arquegônios - onde se formam os gametas femininos e região masculina;
Anterídios - onde são formados os gametas masculinos que migram para a parte feminina.
Reprodução e Ciclo de vida das pteridófitas (exemplo: samambaia):
- Assexuada: brotamento, nasce um brotinho da planta, se desprende e forma uma nova planta;
- Sexuada: há todo um ciclo.
Começando pelo prótalo, onde tem a parte feminina e masculina;
Anterozoides são flagelados e nadam até encontrar a oosfera para a ocorrência da fecundação e formar o zigoto (2n) que segue se multiplicando, se transforma em um embrião e em seguida se diferenciar em um esporófito (2n) crescendo em cima de um gametófito, que é protegido pelo organismo materno, faz suas mitoses e se torna um esporófito adulto que nada mais é do que a planta que temos em casa.
*Atrás das folhas tem os chamados soros, dentro do soro existem vários esporângios, lá possuem células que sofrem meiose para formar os esporos, que quando prontos, são liberados e caem no ambiente quando encontram uma região apropriada, germinam e formam um novo prótalo e assim completam o ciclo.
Importância econômica:
Plantas ornamentais: usa na decoração de casas, calçadas, entre outros;
Aplicação medicinal;
Alimentação: alguns brotos servem como alimento;
Associação: algumas fazem associação com ciano bactérias fazendo a fixação do nitrogênio.
Gimnospermas
Seguindo as pteridófitas, temos as gimnospermas. Este grupo é composto por plantas vasculares com sementes nuas, ou seja, plantas com sistema condutor de seiva e sementes sem a proteção de um fruto. Geralmente vivem em locais de clima frio. A introdução das sementes representam o grande salto evolutivo, pois sementes podem durar por muito tempo sem germinar e também tem a possibilidade de brotarem mais longe de sua árvore mãe. Além disso, os gametófitos não mais dependiam exclusivamente da água para fecundação, podendo ser liberados até mesmo no ar.
As gimnospermas são compostas por 4 filos principais, são eles:
Coniferophyta: maior filo, apresenta em geral folhas em forma de agulha/cone, por isso o nome “coníferas” e é representado pelos pinheiros, araucárias, etc, além de cobrir vastas áreas com densas florestas;
Cycadophyta: segundo maior filo, apresenta folhas semelhantes às de palmeiras, pode crescer próxima ao chão e raramente ultrapassa os 14 metros de altura, muito usadas na decoração de jardins e como principal representante podemos elencar as cicas;
Gnetophyta: podendo ser trepadeiras ou árvores tropicais, as plantas deste filo possuem folhas bem semelhantes com as de angiospermas como é o caso da Welwitschia mirabilis.
Ginkgophyta: apresentando, também, folhas lisas, o filo possui apenas uma espécie, Ginkgo biloba, e é o único em que as plantas perdem as folhas no inverno.
O que é uma semente?
Semente é a inovação evolutiva dos gimnospermas. Consiste na estrutura que compõe, nutre e protege o embrião já fecundado, é um óvulo maduro e diploide. Pode ser dividida basicamente em 3 partes:
Tegumento, casca que visa a proteção contra desidratação, choques mecânicos, etc;
A reserva de amido, da onde o embrião tira energia para germinar; e
O próprio embrião.
Reprodução das gimnospermas:
Quanto à reprodução vemos um grande avanço onde os gametófitos masculinos podem ser transportados até o gametófito feminino pelo ar, gerando a independência d’água no processo de reprodução e essa estrutura capaz de ser transportada com o vento é chamada grão de pólen. O grão de pólen leva consigo uma célula espermatogênica que, ao encontrar a oosfera no gametófito feminino, passa por um tubo polínico (caminho gerado por outra célula do grão de pólen) até fecundar a oosfera. O tubo polínico é exatamente o fator que propicia a fecundação sem água, invocação das gimnospermas. Após a fecundação é gerado um zigoto diploide que, então, se tornará uma semente.
Importância das Gimnospermas:
As gimnospermas podem ser usadas de maneira ornamental em jardins, mas principalmente em uma das festas mais conhecidas do mundo: no Natal! Sim, exatamente, a árvore de Natal é um pinheiro e, portanto, uma gimnosperma. A madeira das gimnospermas é muito usada como lenha para fogueira e para criação de móveis. Ademais, possuem muitos óleos e resinas utilizados na indústria de fármacos e cosméticos e suas sementes podem servir como alimento, como é o caso do pinhão que costumamos comer nas festas juninas no sul do Brasil.
Angiospermas
O filo das angiospermas, também chamado de Anthophyta, é o próximo grande grupo evolutivo e se diferencia das Gimnospermas, principalmente, por apresentar uma grande inovação biológica: flores e frutos. Sendo o grupo mais diversificado, as Angiospermas podem atingir alturas de 110m ou ter apenas 1 milímetro, podem apresentar flores com odores agradáveis, desagradáveis e até sem cheiro, podem apresentar frutos, frutas, podem ser trepadeiras, arbustos, árvores, podem viver no solo, na água, etc. Por isso tudo, não é de se espantar que este seja o grupo dominante de plantas na natureza. Com cerca de 300 mil espécies, as angiospermas se diferenciam em três grupos: as monocotiledôneas, as eudicotiledôneas e as dicotiledôneas. Porém, a divisão mais usada na prática para diferenciação é a antiga (somente mono e dicotiledôneas), como segue na imagem abaixo.
Mas qual o grande salto evolutivo?
A existência de flores e frutos! As flores são uma inovação no sistema reprodutor das plantas, servem como órgãos sexuais. Agora, um inseto polinizador, ou qualquer outro animal, poderia se atrair pela flor e, ao tocá-la ou cheirá-la, levar os grãos de pólen para polinizar outra flor. É por essa razão que as flores costumam apresentar cheiros agradáveis ou cores vibrantes. A reprodução das angiospermas será explicada mais adiante, mas já dá pra perceber que assim pode-se fecundar plantas muito distantes umas das outras, diferente das gimnospermas, onde os grãos de pólen eram carregados apenas pelo vento. Essa facilidade na fecundação que pode ser feita com indivíduos mais distantes também é responsável pela gigantesca variabilidade genética do grupo. Já no que diz respeito aos frutos, a inovação é o corpo carnoso protegendo a semente. Assim, além de proteger a semente e possibilitar que esta seja mais frágil em alguns casos, o corpo carnoso também serve de alimento para outros animais. Qual a vantagem disso? Dessa forma um morcego, por exemplo, que comeu uma frutinha próxima de sua caverna pode levar a semente em seu estômago por uma distância enorme até que seja expelida por suas fezes. Assim, o ciclo alimentar complementa o ciclo reprodutivo das plantas ao auxiliar na dispersão da espécie por vastas áreas.
Reprodução
Para melhor explicar a reprodução das angiospermas, usaremos como base a imagem acima. Começando pelo sexo da flor: as flores são os órgãos sexuais das plantas e, portanto, podem ser masculinas (com estame), femininas (com pistilo) ou hermafroditas (com ambas estruturas) como vemos na imagem acima. Além disso as flores possuem as pétalas, que podem ser bem coloridas para chamar atenção; as sépalas, que são folhas diferenciadas abaixo das pétalas; o receptáculo, que é a estrutura onde a flor se aloja na planta; e o pedúnculo, que é a estrutura específica para sustentá-la.
O estame é formado por um filete e uma antera, como observamos na figura. A antera é onde são produzidos os grãos de pólen (gametófito haploide masculino), onde se encontra o gameta masculino.
O pistilo é formado por um estigma na ponta, um estilete e um ovário, como observamos na figura. Dentro do ovário são armazenados os óvulos da planta que, por sua vez, sofrem meiose formando o megásporo (gametófito haploide feminino) onde se encontra a oosfera, gameta feminino. Também são criadas outras estruturas, dentre elas uma célula maior com dois núcleos haploides.
A fecundação se dá quando algum animal transporta um grão de pólen do estame de uma flor ao pistilo da outra (ou da mesma, se esta for hermafrodita). Lembrando que esse processo de polinização é o principal responsável pelo sucesso na variação gênica das angiospermas e pode se dar pela água e vento, mas principalmente pelos animais. Quando a polinização acontece, uma das células do grão de pólen forma o tubo polínico, como visto anteriormente nas gimnospermas, criando o caminho para que o gameta masculino fecunde a oosfera, gerando assim um zigoto diploide. Porém, o gameta masculino se divide em dois e este gameta extra se junta à outra célula que possuía 2 núcleos, gerando assim uma fecundação dupla. O resultado é que o zigoto formará um embrião e a nova célula triploide formará o endosperma, de onde o embrião tirará energia para germinar. observa-se na imagem, também, a diferenciação do embrião já na semente formando os cotilédones. É após a fecundação, então, que se forma o fruto ou pseudofruto. Frutos não necessariamente precisam ser carnosos, podem ser secos, como a vagem de feijão, por exemplo. A diferenciação entre fruto e pseudofruto se dá pois frutos são aqueles gerados pelo ovário, já pseudofrutos são gerados por outras partes da flor, como o pedúnculo, ou por vários ovários de uma mesma flor.
Diferença entre fruto e fruta?
A diferença é que o fruto é a estrutura que se desenvolve a partir do ovário das angiospermas, como o tomate por exemplo. Já fruta, é a denominação popular para frutos de sabor doce. Desta forma uma laranja é um fruto e uma fruta, já um tomate é um fruto, porém não é fruta.
Importância das angiospermas
As plantas que dominaram o mundo com seu superpoder de variabilidade possuem uma absurda importância, pois são estas que nos dão as frutas e frutos que estão presentes em tantos dos nossos pratos. A economia de alguns países caribenhos, por exemplo, é muito baseada na venda de banana. O grão de feijão da clássica feijoada brasileira é de uma angiosperma. Os doces, geléias, sucos, são todos derivados de angiospermas. Hoje é muito difícil que se monte um prato sem que haja, pelo menos, uma angiosperma na refeição.
Histologia Vegetal
Introdução:
A Histologia vegetal é o estudo dos tecidos das plantas em geral. Existem dois tipos de tecidos presentes em uma planta:
- Meristemáticos, que possuem alta capacidade de mitose e tem células indiferenciadas (sem funções definidas);
As células deste tecido passam por diferenciação, se tornando tecidos...
- Adultos, que possuem diferentes funções, porém, não fazem mais mitose.
Tecidos Meristemáticos:
Meristema Primário → Relacionados ao crescimento em comprimento
1) Protoderme:
Forma a epiderme
2) Meristema Fundamental:
Forma colênquima
Forma parênquima (o único tecido que pode fazer diferenciação de desdiferenciação)
Forma esclerênquima
3) Procâmbio:
Forma o floema primário
Forma o xilema primário
Meristema Secundário → Relacionados ao crescimento em espessura
1) Felogênio:
Forma o súber
Forma a feloderme
2) Câmbio:
Forma o Xilema secundário
Forma o Floema secundário
Histologia do Caule:
A) No crescimento primário:
Nesse crescimento podemos notar na parte mais externa a Epiderme (1), a camada que serve tanto como proteção quanto sustentação exterior; Logo abaixo dela, podemos observar a Protoderme (2) que, no desenvolvimento de célula primária e secundária, forma a epiderme. Um pouco mais abaixo, notamos uma cama um pouco maior chamada Parênquima (3), um tecido de sustentação da planta; Logo depois, encontramos o Meristema Fundamental (4), que ao passar de tecido primário para secundário, forma o parênquima. Em azul, temos as passagens de Floema (7) e em vermelho as passagens de Xilema (6); Estes estão separados pelo Procâmbio (5), um tecido que separa as duas passagens com a finalidade de não misturar as duas seivas.
B) No crescimento secundário:
A parte mais externa da planta no crescimento secundário, podemos ver o Súber (8), um tecido morto que também é conhecido, por senso comum, como casca da árvore; Logo abaixo, podemos notar o Felogênio (10), que no desenvolvimento de célula primária e secundária, forma a Feloderme (9) juntamente com o súber; Esse três tecidos juntos formam a Periderme (11). Mais para baixo, notamos a presença de Floema Secundário (12) e um pouco depois, separando as duas passagens de seiva, o Câmbio (13), e depois a maior camada da planta (cerca de 96%), o Xilema Secundário (14), separado em Cerne (15), mais para o interior do tronco, sendo um tecido mais antigo (em relação ao Alburno), com a função de sustentar a planta (incapaz de conduzir seiva) e Alburno (16), mais para o exterior do xilema, sendo um tecido mais novo (em relação ao cerne) com a função de conduzir seiva.
Histologia da Raiz:
1- Tricoma:
Proteção química (temperatura);
Aumenta a área de absorção;
2- Epiderme:
Camada mais externa da raiz;
3- Parênquima
Maior parte das raízes da planta, serve para sustenta-las;
4 e 9- Via Simplástica
5- Via Apo-Plástica:
são canais responsáveis pela conexão por entre as células da raiz;
6- Endoderme:
Funciona como um filtro, retendo substâncias indesejáveis para a planta;
7- Periciclo:
Forma, posteriormente as raízes secundárias da planta;
8- Estrias de Caspary:
São as ligações entre as células da endoderme, permitindo a passagem e filtração das substâncias;
10- Floema;
11- Xilema.
Histologia da Folha:
1- Cutícula:
Uma camada de cera com a finalidade de proteção da folha;
2- Epiderme superior:
Uma epiderme transparente para a passagem de luz;
3 e 4- Parênquima paliçádico e Parênquima lacunoso → são dois parênquimas clorofilianos/fotossintetizantes;
5- Epiderme inferior (ou face abaxial);
6- Estômatos:
Realizam trocas gasosas para a fotossíntese e respiração;
7- Xilema;
8- Floema.
Existem 3 tipos de folha:
Hipoestomáticas → o tipo que está ilustrado na imagem;
Epiestomática → possuem estômatos voltados para cima;
Anfiestomática → São encontradas nas monocotiledôneas, além de possuírem estômatos voltados para cima e para baixo.
Tecidos de Revestimento:
1- Papilas:
São as células do tecido que tornam a superfície com sensação de veludo;
2- Tricomas:
Proteção química→temperatura e física→predação;
Maior absorção de substâncias;
Defesa → tricomas glandulares que injetam substâncias em quem tenta predar a planta (não presente em todas as plantas);
3- Células guarda;
4- Células periféricas;
5- Células periféricas;
6- Ostíolo;
7- Lenticelas:
Realiza trocas gasosas;
8- Acúleos:
Estruturas epidérmicas das rosas (entre outras plantas) que, por senso comum, são chamadas de espinhos;
9- Ritidoma:
Cascas que caem de um caule;
Um tecido morto;
10- Estômato (célula desenhada);
11- Meristema primário;
12- Meristema secundário.
Tecidos de Preenchimento e Sustentação:
Sustentação:
1- Parênquima Clorofiliano/Fotossintetizante;
2- Colênquima:
Reforça a celulose das células;
Dá mais flexibilidade entre as células;
3- Esclerênquima:
Morto;
Dá mais rigidez para as células pela lignina.
Reserva (principais):
A) Reserva Aquífero:
1. Vacúolos preenchidos com água para a sobrevivência da planta por maior tempo em seca;
B) Reserva Amilífera:
2. Plastos preenchidos com amido para reserva de energia em um momento de necessidade;
C) Reserva Aerífera (em plantas que boiam):
3. Vacúolos preenchidos com ar para que a planta boie na água;
Tecidos Condutores de seiva:
1- Súber:
Tecido morto;
2- Floema:
Condução de seiva elaborada;
3- Fibras xilemáticas (lenho);
4- Elementos de vaso:
Estão mortos;
São ocos;
5- Perfurações areoladas:
Para passagem do Xilema;
6- Pontoação;
7- Fibras floemáticas (líber);
8- Placa crivada:
9- Célula companheira:
Dá nutrição para os elementos de tubo crivado (que por estarem mortos, não conseguem se nutrir por si)
10- Elementos de tubo crivado:
Placa com furos para passagem de Floema;
11- Cerne;
12- Alburno;
13- Xilema:
Condutor de seiva bruta.
Fisiologia Vegetal
A fisiologia vegetal estuda o metabolismo, o desenvolvimento, a reprodução, a fotossíntese, a nutrição, a respiração, os hormônios, a relação das plantas com a água e outros aspectos dos vegetais.
As plantas precisam de nutrientes, estes podem ser macronutrientes (aqueles os quais a planta precisa muito como o P, N, K) ou micronutrientes (aqueles os quais a planta precisa pouco, como Cl ou Fe).
Iniciaremos falando de raízes, ou seja, da absorção. Existem duas formas para isso: por via simplástica, quando a seiva bruta vem sendo absorvida e é transportada por dentro da célula, ou por via apoplástica, na qual ela nem passa pelos absorventes, andando entre as células. Quando a seiva chega na estria de caspary, um conjunto de células, não importa qual via, elas vão andar por dentro das células até o xilema (seiva bruta, aquela que só tem água e sais minerais).
Mas como a água sai de baixo e sobe até as folhas?
Basicamente essa condução da seiva bruta que se dá pelo xilema ocorre por dois processos: a capilaridade ( H2O; coesão e adesão) + tensão, que é gerada pela transpiração que ocorre na folha que está perdendo água como se formasse um vácuo sugando a seiva bruta que vem lá de baixo. Essa transpiração quem faz são os estômatos.
Os fatores externos que controlam a abertura ou o fechamento dos estômatos:
Há outro mecanismo que se chama pressão da raiz, onde ela mesma faz um transporte ativo, bombeando ativamente a seiva e, por causa dessa pressão que se dá a gutação (sudação), onde as folhas perdem água pelos hidatódios.
*Sozinha, a pressão da raiz não conseguiria mandar água para cima, por isso é um conjunto.
Quando a água encontra o xilema, se espalha por toda a planta, enquanto a folha recepciona os raios solares e faz fotossíntese, convertendo a energia luminosa em energia química (em forma de carboidrato e açúcares); A planta transforma o xilema em seiva elaborada (floema) pois tem compostos orgânicos que descerão para todos os tecidos da planta por dois mecanismos:
A gravidade; em conjunto com
O fluxo de massa.
(órgão produtor → órgão receptor)
Fotossíntese x Respiração celular:
↓ ↓
Produz compostos Utiliza esses compostos
orgânicos. orgânicos para fabricar
o seu ATP.
As Plantas tem que produzir o suficiente na fotossíntese para suprir a respiração celular e ter energia.
Quanto maior a intensidade luminosa maior a taxa de fotossíntese;
Cada planta tem o que chama-se ponto fótico onde a taxa de fotossíntese se iguala a respiração celular;
Se a taxa de fotossíntese for abaixo do ponto fótico, ela respira mais do que produz e se assim continuar, ela morrerá.
Classificam-se as plantas em duas:
Heliófitas: que são plantas que necessitam de muito sol, logo seu ponto fótico é muito alto.
Umbrófitas: que tem um ponto fótico muito baixo plantas de sombra.
Anéis de crescimento:
Antigamente os cientistas estimavam a idade de uma arvore pela quantidade de anéis, a cada um anel, 1 ano de idade para a arvore, muito mais visível em regiões temperadas.
Hormônios Vegetais (fitormônios)
1) Auxinas – produzida principalmente no ápice caulinar e nas sementes e folhas jovens.
Efeitos:
Alongamento celular;
Desenvolvimento de frutos e raízes;
Inibe os ramos (dominância apical);
Mantém as folhas presas.
*Quanto mais distante o ramo, menor é o efeito da auxina, por isso que embaixo os ramos são maiores, e quando vai chegando ao ápice caulinar vai se encurtando.
2) Citocininas - produzidas no ápice radicular, nas sementes em germinação e folhas jovens “hormônio da juventude”
Efeitos:
Estimula a divisão celular.
3) Giberelinas – liberado nos meristemas e nas sementes
Efeitos:
Alongamento celular em todo o caule (nós distanciados);
Desenvolvimento dos frutos;
Germinação de sementes.
*"Frutos partenocárpicos” – a banana, a uva sem semente são exemplos, fruto que se desenvolve sem que ocorra fecundação.
4) Ácido Abscísico (ABA) - produzida no ápice radicular, no caule e nas folhas.
Efeitos:
Inibe o crescimento das estruturas;
Dormência em gemas e sementes (que pode ser por centenas de anos).
5) Etileno – (gasoso) e produzidos em tecidos maduros.
Efeitos:
Queda dos frutos, folhas e flores (etileno x auxinas);
Amadurecimento do fruto.
Movimentos das Plantas:
1) Tropismo: uma planta tem uma parte com fototropismo (relação com gostar ou não de luz) positivo e outra negativo, outra parte tem geotropismo (relação com estar a favor ou não da gravidade) positivo e outra negativo.
- Tigmotropismo: caule cresce em torno de algum objeto
2) Nastismos:
- Nictinastismo: fechamento noturno.
- Tigmonastismo: “toque” – presente em carnívoras, por exemplo.
3) Fotoblastia: Referente a germinação na presença ou ausência de luz.
Quando a planta tem mais = germinação na presença de luz
Quando a planta tem menos = não germina
4) Fotoperiodismo: Período de luz que interfere ou não na floração das plantas.
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